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Entrevista
16/12/2011 08h52

 

Jennifer Johns Friel: liderança no ramo de fixadores

 

 Atualmente, a executiva preside o Industrial Fasteners Institute, além da empresa Mid West Fabricating Company. Em entrevista exclusiva para a Revista do Parafuso, ela nos conta como é a indústria de fixadores nos Estados Unidos

 

Jennifer Johns Friel nasceu no sul da Califórnia, Estados Unidos, formou-se na Universidade de Denver, no estado do Colorado, é casada, têm dois filhos, uma menina e um menino. Além de presidente do Industrial Fasteners Institute - IFI, acumula o mesmo cargo na Mid West Fabricating Company, empresa com três plantas industriais, duas em Ohio e uma na Califórnia. Trata-se de uma empresa fundada por seu avô paterno, em 1945. Trabalha nela desde 1993, onde ocupou os cargos de gerente de desenvolvimento de mercado, vice-presidente de operações. Ocupa o cargo atual [presidente] desde 1997. Seu marido, Michael Friel, além de presidente é o diretor geral da Bolts Haydon e SSLB (St. Louis Screw and Bolts), também fabricante de fixadores. “Somos uma família muito envolvida no ramos de fixadores”, declarou Jennifer, nossa entrevistada.

Revista do Parafuso (RP) - O que é o IFI?
Jennifer Johns Friel (JJF) - IFI, iniciais de “Industrial Fasteners Institute”, é uma associação sem fins lucrativos formada para unir a comunidade norte-americana de fabricantes de fixadores. Nossa visão é ser reconhecida mundialmente como associação focada na América do Norte, representando os interesses dos fabricantes de fixadores, peças conformadas e os principais fornecedores, favorecendo-os e trabalhando em conjunto para moldar o futuro da indústria. Nossa missão é representar a indústria junto aos clientes, fornecedores, governo e público em geral, para o avanço da competitividade, produtos e tecnologias inovadoras para nossos associados, dentro de um mercado globalizado. 

RP - Quando foi fundado?
JJF - Em 1931, portanto, estamos comemorando 80 anos.

RP - Quais são as suas funções no IFI?
JJF - Atualmente, estou no mandato de um ano como presidente. Esta é uma posição de voluntários. No processo de eleição, o novo presidente seleciona o seu vice e, então, eles são eleitos pelos membros na votação. O vicepresidente mantém essa posição por um ano e atua também como tesoureiro, supervisiona orçamentos e operações financeiras. Uma vez que o ano se completa, essa pessoa então passa à posição de presidente, enquanto se aguarda a votação dos membros. O IFI tem uma pessoa atuando em tempo integral na condição de diretor administrativo, cargo remunerado. No dia-a-dia, essa pessoa realiza a supervisão operacional, providencia planos de reuniões, estratégias e conduz os negócios da entidade. Seu nome é Rob Harris, que tem realizado esse papel desde 1995. O senhor Harris tem feito com sucesso o trabalho para o funcionamento do Instituto, inclusive em tempos difíceis como em 2008.

RP - Quantos associados possuem?
JJF - Temos 70 associados fabricantes de fixadores e 24 membros afiliados. Além disso, temos mais 34 associados que são fornecedores na cadeia produtiva de fixadores. Nossos membros são do Canadá, Estados Unidos e México.

RP - O Instituto também agrega empresas fornecedoras. Por favor, fale a respeito.
JJF - Sim, a cadeia de suprimentos é representada na composição do IFI. Fornecedores de serviços como tratamento térmico, revestimento (tratamento de superfície) e inspeção podem entrar como membros associados. Fornecedores de matérias-primas, fabricantes de equipamentos e fornecedores de máquinas também participam sob essa mesma classificação. Em nossos encontros ambos assistem reuniões e participam plenamente de todas as atividades. Frequentemente, membros tratam questões de interesse coletivo: um bom exemplo é o tema Fragilização por Hidrogênio. Neste caso, quem lida com revestimento e acabamento pode montar paineis com especialistas do setor e apresentar as informações mais atuais sobre o assunto. As oportunidades apresentadas por este formato são realmente valiosas.

RP - Nos EUA, quais setores são os maiores consumidores de fixadores?
JJF - Os mercados OEM (fabricantes de peças originais) compõem o maior segmento de usuários; nesta designação [OEM] incluem-se os setores aeroespacial, automotivo, eletroeletrônico, entre outros. Construção/MRO (manutenção, reparo e operações) e outros representam uma quantidade menor, especialmente desde o estouro da bolha imobiliária e o colapso econômico de 2008. Desde então, indústrias de construção de habitação e comerciais sofreram imensamente e ainda não se recuperaram.

RP - Pode nos falar sobre algumas das maiores conquistas no campo comercial e no campo da tecnologia?
JJF - O IFI tem um papel de liderança em muitos aspectos do trabalho de normas para fixadores e por muitos e muitos anos foi ativo na referência na produção de livros para o setor industrial. Em nosso staff , Joe Greenslade, diretor de engenharia, é muito ativo nos comitês de aprovação das normas ISO, ASTM, ASME, SAE, e SCVC. No passado, o IFI também produziu suas próprias normas. Junto com essa atividade, o Instituto está agora oferecendo versões digitais de informação. O Technology Connection (veja no site) é um grande exemplo de como a nova tecnologia está sendo usada para um melhor acesso às informações sobre fixadores. Por sua vez, a 8ª edição do livro “Inch Fastener Standards”, recém-publicado, está disponível imediatamente vez em formato digital. Publicações disponíveis a partir do IFI podem ser compradas online em
www.indfast.org.

RP - Pode nos dar um panorama de quantas toneladas se produzem e quantas são importadas?
JJF - As receitas de produção na indústria de fixadores estão na faixa de US$10,5 a US$11 bilhões ao ano. O Freedonia Group (empresa de pesquisa em negócios, que anualmente publica mais de 100 estudos sobre a indústria) continua projetando um crescimento da demanda mundial de fixadores na média de 8,5% ao ano, onde a China responde por 25% do total. Essa taxa de crescimento seria equivalente a US$80,5 bilhões no consumo de fixadores em 2014, nos Estados Unidos, com  crescimento da demanda em torno de 8%. Na Europa Ocidental esta demanda deve crescer 5,6%.

Neste setor, as indústrias têm cerca de 42 mil funcionários. Em 2010, elas operaram em pouco mais de 64% da capacidade, contra 59,3% em 2009. A utilização da capacidade produtiva global foi maior que a da indústria de fixadores, encerrando 2010 com 73,2%. No ano passado, foram comprados no mercado interno cerca de US$ 900 milhões em aço para produção de fixadores. As importações de fio-máquina foram baixas, mas aumentou no início de 2011.

RP - Como o mercado americano vem lidando a alta competitividade das importações, sobretudo as asiáticas?
JJF - Nosso relatório 2010 de exportações/importações demonstra uma mudança contínua nos totais de importação e seus países de origem. As importações totalizaram US$ 3.578.615,00 ou 1.183.023 toneladas; as exportações totalizaram US$ 2.516.940,00 ou 928.998 toneladas. 

Os países de maior exportação para os Estados Unidos foram Taiwan 32%; China 22%, Japão 15%, Canadá 7%, Alemanha 5%, Coreia do Sul 3%. Índia, Itália, Reino Unido e Tailândia respondem por 2%, cada, cabendo a outros países 8% restante. Por sua vez, as exportações do Brasil para os EUA cairiam em 8%, no ano passado.

RP - Após setembro de 2008, como se encontra o mercado?
JJF - Para muitas empresas do Instituto, 2010 foi um ano de recuperação, que ganhou ainda mais força no primeiro semestre de 2011. No entanto, as empresas que concentram a sua produção para os mercados de construção habitacional e comercial continuam na luta. As demais empresas pareciam gostar bastante das fortes vendas no primeiro semestre de 2011, mas muitos viram a demanda crescer suavemente nos últimos dois a três meses. Projeções econômicas mostram que a procura será suave em muitos mercados para o resto deste ano. A crise na Europa e problemas financeiros da zona do euro estão resultando em cautela por aqui. O desemprego de 9% continua a arrastar sobre a economia perspectivas sombrias.

RP - Vocês tem algum plano para o mercado brasileiro?
JJF - Nossas associadas não compartilham dados de exportação, então não posso comentar sobre todos. No entanto, muitas delas têm instalações na América do Sul e enxergam como atrativo o mercado brasileiro, devido ao forte crescimento que seu país está experimentando. Falando de minha empresa, Mid West Fabricating, temos cerca de 30% de nossas vendas em exportação. Fazemos produtos para navios, para um dos nossos clientes OEM no Brasil. Na verdade, enviamos a maior parte das nossas exportações para fabricantes norteamericanos no Canadá e México, com algumas vendas para a Europa também. Nosso staff de vendas continua buscando oportunidades no Brasil, como uma possível área para o crescimento.

RP - Pode enviar um comentário aos nossos leitores?
JJF - Anos atrás, o Instituto realizou uma missão para a China visando aprender mais sobre a fabricação local. Nesta oportunidade tive o privilégio de conhecer pessoas de duas empresas brasileiras. O primeiro foi José Gianesi Sobrinho, presidente do Sinpa, a quem envio o meu abraço. Gianesi também participou de reuniões do IFI na ocasião. Participando do IFI, o Sinpa demonstra a força da economia e do crescimento em seu país. O segundo foi o pessoal da Naschold Elementos de Fixação.

É com muito prazer que falo dos meus amigos brasileiros Nilo e Fátima Urbani, que conheci numa recente reunião do IFI. Nilo, representante da Nylok LLC, recentemente foi eleito para uma posição de liderança dentro do IFI. Ainda não tive o prazer de visitar o seu país, mas está definitivamente na minha lista de coisas a fazer! Tudo o que ouvi sobre o Brasil é muito positivo e as pessoas que conheci em minhas viagens sempre são amigáveis. Estou certa de que seu País vai brilhar muito na organização da Olimpíada. Obrigada por me convidar para falar com seus leitores sobre a indústria de fixadores nos Estados Unidos.

Industrial Fasteners Institute
www.industrial-fasteners.org

 

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