Antidumping: revogada medidas contra fixadores Made in China
Instituição politicamente independente e que trata dos interesses da União Europeia (UE), a Comissão Europeia revogou em definitivo o antidumping sobre fixadores em algumas ligas metálicas produzidos na República Popular da China, incluindo alguns deles consignados à Malásia, independentemente de serem ou não declarados originários deste país. O regulamento define as decisões contra a UE através do órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC) para este tipo de controvérsia, que circulou em 18 de janeiro último, afirmando: “Em vista dos resultados, a Comissão considera que, em conformidade com o artigo 1 (1) (a), da OMC, é conveniente revogar os direitos antidumping instituídos pelo regulamento n.º 91/2009, alterado pelo regulamento de execução n.º 924/2012 e mantido pelo regulamento de execução 2015/519”. Ele também afirma que “a revogação produz efeitos a partir desta data, não devendo servir como base para reembolsos de taxas cobradas antes da referida data”. A regulação entrou em vigor um dia após sua publicação do Diário Oficial da UE, removendo taxas de até 74% em 28/02/16. Uma cópia do documento poderá ser obtida no “EU Official Journal” em 24 idiomas, incluindo português.
Antidumping: Comunicado da European Fastener Distributors Association (EFDA)
A EFDA tem se oposto a este antidumping (2009) e para as medidas corretivas de 2012, criticando, acima de tudo, a falta de transparência da investigação. Nosso setor tem sofrido com essas medidas, com altas de 74% nos preços, que distorceram desnecessariamente o mercado de fixação. De fato, essas importações da China quase desapareceram na União Europeia desde então, tornando difíceis as atividades dos importadores, que tiveram que trabalhar duro na adaptação a essas distorções. Desde que as medidas, e os 74% de taxação, entraram em vigor, em 2009, os distribuidores europeus sofreram muito tornando-se a segunda vítima do antidumping. Uma reação da Comissão Europeia às medidas terá semelhantes efeitos prejudiciais criando graves danos econômicos aos distribuidores, grandes incertezas e comprometimento de muitos postos de trabalho. EFDA instou a Comissão em não se apressar na remoção das taxas, mas para utilizar em qualquer eventualidade e prazo para redução a um nível adequado. Isso corresponderia aos princípios de um comércio livre e justo, compartilhado pela EFDA. Dr. Volker Lederer, presidente da EFDA
Antidumping: Comunicado European Industrial Fasteners Institute (EIFI)
A EIFI está desapontada com a revogação do antidumping do regulamento 2016/278, que anula a taxação de fixadores metálicos vindos da China e Malásia, adotadas em 2009 devido a esses países estarem praticando dumping, lesando indústrias de fixadores da União Europeia (UE). China também usou a Malásia para contornar as sanções, levando a OMC a incluir os malaios. Dumping é desleal e está sujeito às sanções sob normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Permitir dumping causa destruição de mercados e de suas inovações, além de falir fabricantes eficientes. Buscar abrigo na OMC significa proteger-se contra essas deslealdades. Em sua maioria, fabricantes de fixadores da UE são cias familiares de pequeno e médio porte, tem mais de 30 mil colaboradores diretos, é um setor de alta tecnologia e precisão, sendo fornecedores essenciais em toda cadeia produtiva. Não fosse o fornecimento para setores de alto valor agregado como as indústrias automotivas muitas de nossas empresas teriam desmoronado. Sem a saudável integração diária entre fornecedores e clientes, a inovação simplesmente não acontece. Porém, a Comissão Europeia decidiu revogar devido a erros processuais de investigação encontrados pela OMC, que por sua vez não encontrou provas que os chineses não praticavam o dumping. A EIFI está empenhada em continuar apoiando nossas fabricantes para que se mantenham fortes, além de ser a favor de aberturas comerciais e concorrências, desde que sejam leais. Anders Karlsson, presidente da EIFI