Metalofix: um novo player na produção de fixadores
Onde a importação pouco impacta se encontram oportunidades como esta, aproveitada pelos irmãos Moreira
Quando se dialoga com fabricantes, caso de fixadores, óbvio, não é incomum notar neles o desejo de criar uma revenda, assim como os revendedores desejam fabricar. O campo de itens especiais teve sobrevida durante a onda de parafusos importados nos últimos anos, cenário que se redesenha desde o ano que se encerrou – aquele que parece que nem começou.
Para aqueles que não viram ou não se lembram, 30 edições atrás (edição RP15, 2009) publicamos em nossa na seção Balcão uma matéria com a revenda paulistana Portofix, que na ocasião completava dez anos. Seis anos se passaram até um de seus sócios, Maércio Moreira, nos surpreender com a notícia da criação de uma nova fábrica de porcas, parafusos e similares, sediada em São Bernardo do Campo, SP, há 1 km da Ford Motor Company.
Como muitos setores no Brasil, o parafuseiro foi um campo de profissionais com pouca formação, do chairman ao chão de fábrica, que se valeram pelos esforços e conhecimento empírico. Mas, as novas gerações estão chegando, e cada vez mais bem formadas e aptas à aplicação de metodologias de gestão administrativa, produtiva e comercial. Ao seu lado na Cia, Maércio tem seu irmão Marcelo Moreira, engenheiro mecânico, com histórico profissional entre a divisão de tintas da Basf, na TRW, onde foi coordenador de TPM e 5 S nas sete plantas industriais no Brasil, e na União Brasileira de Vidros, como gerente geral industrial. Já Maércio é engenheiro elétrico, mas com atuação sempre nas partes administrativa e comercial. Esteve 13 anos na Brasinca (extinta fabricante de carrocerias), onde mexia com fixadores, algo que faz dede os 16 anos, e é pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas. Toda essa combinação entre formação técnica e manuseio de fixadores por décadas, gerou a fundação da Cia que busca fazer a coisas certa desde o começo, numa planta devidamente planejada, já em vias de se certificar ISO 9001:2008, sendo uma nova e boa opção para diversas empresas distribuidoras e usuárias, “desde uma indústria farmacêutica até máquinas agrícolas”, concluiu Marcelo.
As linhas já em produção desde outubro último se dividem entre parafusos e similares de M3 a M42 , porcas de até 22mm, exclusivamente usinados, mas peças prensadas já estão nos planos de expansão, incluindo uma pendência recente da implantação uma máquina vertical para estampagem de arruelas.
New-Fix expande sua produção de rebites
Com a aquisição de oito novas máquinas para montagem de rebites, a fabricante de fixadores New-Fix mantém seu processo de expansão.
“A elevação de nossa capacidade produtiva neste momento será de 60%. Isso é um passo à frente, especialmente em 2016, que será, mais do que nunca, um ano de superação”, declarou Enéas Henrique, diretor comercial da Cia. “Embora sejamos a líder nacional na fabricação de rebites, temos também uma elevada produção em parafusos, porcas, arruelas e outros itens. Sua atuação tem maior intensidade nos segmentos industrial, moveleiro e na construção civil, setores que contam com uma fornecedora que mantém mais de 80 milhões de itens no estoque para pronta-entrega em qualquer o território brasileiro”, concluiu o executivo.