Jern Yao, cada vez mais global e Yao
Só a demanda de Taiwan absorve 40% da sua produção de máquinas para estampagem de fixadores
Que o Brasil está passando por uma situação difícil todos sabemos, mas o que poderá vir de bom depois? Vale observar o exemplo a seguir.
Em 1993, após uma crise, um movimento envolvendo 50 ex-funcionários da TK-ware, uma fábrica de porcas e máquinas que encerrava suas atividades, deram início a uma nova companhia que viria a se chamar Jern Yao. A primeira palavra vem do nome do fundador somada a “Yao” que remete a “brilho e liderança”. A fundação se deu pelas mãos de Ted Tsai (presidente) e Paul Lin (gerente geral). “Começamos com 23 acionistas e dois majoritários que, somados a capacitados e dedicação profissionais, levaram a empresa à posição global que hoje ela ocupa”, comentou Paul Lin, entrevistado ao lado de Carol Tsai, gerente de vendas.
Após 23 anos, as vendas já passaram de mais de 3,6 mil máquinas divididas entre Bolt Fomers: prensas horizontais de estampagem automáticas para fabricação de parafusos, pinos e rebites; Nut Formers: máquinas para confecção de porcas e a linha Special Parts Former Series para produção de peças mecânicas de formato complexo, todas operantes em processos de conformação à frio. De acordo com Lin, as Bolt Formers estão disponíveis em modelos de dois até sete estágios, alcançando diâmetros de M4 até M30.
Operando com 360 funcionários entre a matriz em Taiwan e a filial na China continental, a Jern Yao é presença confirmada em grandes feiras mundiais do setor de fasteners, como na International Fastener Show, Taiwan, e na Wire Düsseldorf, Alemanha, ambas em abril de 2016. Global, ela tem atuação em 36 países, com o mercado de Taiwan respondendo por um faturamento de US$ 50 milhões/ano, comprador de 40% de toda a produção, sendo os demais 60% destinados aos mercados externos, atualmente com destaque especial para Alemanha e EUA. Mas entre os outros destinos estão países europeus e o Japão, este que já foi um grande mercado, mas declinou nos últimos anos, caso do Brasil, segundo os executivos. “O Brasil é sim um grande mercado para nós, temos muitos clientes lá, como Böllhoff, Braspar, Continental, Jomarca, Manzato, Maxdel, Realeza e outros. Apesar deste momento de redução na sua produção, as Olimpíadas poderão abrir boas oportunidades e gerar ainda mais investimentos”, concluíram Lin e Tsai.