De acordo com o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), entre 1901 e 2000 a população brasileira saltou em 17,4 milhões para 169,6 milhões de habitantes, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) foi multiplicado por cem. Neste mesmo período a taxa anual de crescimento econômico no Brasil foi de 4,5%, a segunda maior no mundo, atrás apenas de Taiwan com 4,9%.
Já na primeira década deste Século, 2001 a 2010, nosso avanço econômico anual girou em *3,75%, sendo que a média mundial foi de *2,68%. Porém, nesta atual década, especialmente entre 2011 e 2014, nosso crescimento anual era de *2,25%, contra a média global de *3,6%. Mas, quando veio 2015 e seus *3,8% negativos, tudo foi abaixo, como num Ludo, aquele jogo composto de um tabuleiro, peças coloridas e dados, no qual cada jogador lança os dados que os fazem avançar gradativamente de casa em casa até a meta final. Porém, no Ludo o jogador pode ter que retroceder, perdendo o espaço já conquistado caso coincida a casa a ser ocupada, obrigando-o à recomeçar após a perda dos pontos.
Nossa queda comercial e industrial nos obrigou a voltarmos “algumas casas”, mas ainda estamos no jogo que pode começar a virar logo após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto próximo, onde poderemos iniciar a recuperação de algumas casas perdidas, pois no Ludo também se ganha.
*www.worldbank.org
A ópera do malandro
Malandro é um tipo de pessoa que age fora das regras, por meio de artimanhas que lhe dê vantagens ilícitas sobre osdemais. Ao longo dos tempos – especialmente no Rio de Janeiro, a cidade sede dos Jogos Olímpicos 2016 – a malandragem foi romantizada, dando glamour a quem não merece. A encrenca econômica em que estamos, conforme o texto anterior, foi causada por malandros que ludibriaram a plateia de verde e amarelo, mas felizmente muitos estão sendo pegos no “exame antidoping” e outros ainda estão por vir. Doping é um tipo de “malandragem química” utilizada por falsos esportistas, que esperamos não venham manchar o momento histórico da Cidade Maravilhosa e do Brasil.
Boa leitura!
Sérgio Milatias
“Texto revisado em relação ao publicado na versão impressa”