Abaixo da linha do Equador, na faixa verde e amarela, estamos passando por amargas adaptações, com um olho aqui e outro no país que o jornalista Paulo Francis (1930 - 1997) chamava de “Corte”, que também significa “região onde residem os soberanos”.
Com ou sem ticket, todos estaremos embarcando na “Era Trump”, período que se inicia com a chegada do empresário Donald John Trump, 70, natural do Queens, bairro de Nova York, o 45º presidente dos Estados Unidos da América.
Ainda durante campanha eleitoral, o player do setor imobiliário jogou pesado, como se estivesse em jogos eliminatórios de futebol, disputando a Taça Libertadores da América. Sua vitória surpreendeu a todos, talvez até ele. Mas o fato é que, pelo menos, trata-se de um sujeito que alcançou o sucesso trabalhando, empreendendo, tornando-se dono declarado de muitos bens, como duplex, tríplex etc.
Nós, brasileiros, não temos acertado muito em previsões e escolhas, portanto é prudente moderar nos prognósticos escatológicos, ainda mais sobre um povo e um lugar amplo, complexo e que mal conhecemos, a não ser pelas telinhas ou por algumas semanas turísticas em Miami.
Por esta razão, dedicamos um pouco desta edição aos EUA, tendo como entrevistado o nosso colega Mike McNulty, cidadão e eleitor norte-america - no, além de editor da revista Fastener Technology International. Mike nos levou a conhecer o outro lado de tudo aquilo que se lê ou se ouve por aqui, inclusive afirmando que o novo Chairman poderá fazer “apenas o que a Constituição permite”. É...Constituição deve ser levada a sério.
Desse modo, fica difícil crer que um sujeito com uma trajetória de tanto sucesso não saiba o que faz e/ou esteja disposto a atear fogo em tudo que construiu, de imóveis até sua própria reputação. É ainda mais difícil crer que os que o levaram ao topo estejam 100% errados. Talvez, ser um eficaz gestor, sendo ele mesmo, seja o grande trunfo do Trump.
Boa leitura!
Sérgio Milatias