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Feimafe 2015 computou mais de 64 mil visitantes interessados em negócios e tecnologia
Organizadora estimou a movimentação de R$ 20 milhões nos setores de máquinas-ferramenta, soldagem, ferramentas manuais, automação e robótica
Os 64.659 visitantes puderam conhecer 1.400 expositores, dos quais 132 participantes pela primeira vez, de uma das feiras mais esperadas pelo setor metalúrgico: Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Processos Integrados de Manufatura - Feimafe. O evento, que aconteceu entre os dias 18 e 23 de maio no pavilhão de Exposições do Anhembi, marcou boa movimentação de negócios, além de perspectivas positivas, de acordo com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora. Segundo seu presidente, Juan Pablo De Vera, “o empresariado está acreditando numa virada para o próximo semestre, e para 2016 em diante”.
Para o presidente da entidade apoiadora da feira ABFA - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas, Abrasivos e Usinagem, Milton Rezende, a Feira é uma boa vitrine para alavancar exportações, principalmente em períodos de instabilidade econômica. “As empresas oferecem tecnologias que despertam o interesse dos compradores”. A participação da ABS – Associação Brasileira de Soldagem, também mereceu destaque. “A iniciativa de ter na Feimafe a Ilha da Soldagem só trouxe resultados positivos para o setor, representado por mais de 30 empresas”, avaliou o presidente, Daniel de Almeida.
Belgo Bekaert Arames
Segundo Alexandre Piana (1), executivo de negócios na regional São Paulo, a Belgo Bekaert Arames (BBA) fornece cerca de 60 mil toneladas/mês de arames, no mercado nacional e internacional. A expectativa é aumentar estes números.
“O segmento de fixadores é muito importante, tanto para a BBA que é uma trefilaria, quanto à Arcelor Mittal (AM), usina que nos fornece fio-máquina para fazermos arame. Esperamos em 2016 passar de 100 mil toneladas/ mês, e a Arcelor Mittal para cerca de 200 mil toneladas. Isso torna fixadores ainda mais representativos para nós.
Ainda, a AM está iniciando o startup de um novo laminador aços longos. Então nosso volume anual de 1 milhão de toneladas/mês tende a dobrar. Paralelo a isso, a BBA também está investindo em novos fornos para tratamento térmico de fixadores especiais, aumentando nossa participação nesse segmento”, concluiu Piana.
M.Shimizu
Há 45 anos no mercado, a M.Shimizu Elétrica e Pneumática é uma empresa que desenvolve soluções de alta performance em sistemas de aperto e total rastreabilidade. De acordo com o CEO, Luiz Mitsuru Shimizu, a Cia foi a pioneira no Brasil, através da Mercedes-Benz, a implementar contratos de manutenção global na indústria automotiva, além de ter sido a primeira credenciada pelo RBC – INMETRO em prestação de serviços de calibração de torque dinâmico. Durante esta Feimafe, Mitsuru destacou que 2015 é “o ano da libertação” ao lançar o Liberty, primeiro sistema eletrônico de aperto totalmente nacional.
“Equipamento destinado à fixação em juntas aparafusadas, composto de controlador, cabo, e apertadeira eletrônicos, o Liberty é destinado às indústrias automotivas (leves, médios e pesados) e suas fornecedores de auto e moto-peças, além da aeroespacial, da linha branca e outras. As faixas de atuação de torque variam entre 4 a 4000 Nm, em soluções de apertadeiras tipo retas, angulares, e pistolas. Liberty se refere à liberdade que o equipamento propicia, permitindo manutenções feitas pelo cliente sem a interferência direta do fabricante”, concluiu Mitsuru.
Wafios
“Desde a chegada ao Brasil, entre 1968 e 1969, a indústria alemã Wafios Umformtechnik GmbH já participava de feiras do setor industrial, como a Feimafe. Ela atua no setor de máquinas e equipamentos a partir do arame. “Vale aqui um destaque para a marca Hilgeland, de prensas automáticas de até 6 estágios incluindo máquinas combinadas, atualmente com ótimas prospecções de compra por indústrias brasileiras”, declarou Frank Fassnacht (1), diretor da Wafios do Brasil. Além de produzirmos pentes para confecção de roscas externas e prensas de porcas da linha Nutap, a ampla linha da Wafios se estende fortemente para os setores de tubos e capilares. “Apesar do esfriamento dos negócios no Brasil, em 2014 Alemanha e EUA tiveram um bom desempenho em vendas”, finalizou, prometendo investimentos em tecnologia para pentes, entre 2015 e 2016.
SouthWind
“Aqui temos a coparticipação de duas de nossas representadas: a taiwanesa Dagan, de máquinas para produção de parafusos e a israelense Videx Machine, de máquinas para a fabricação de peças a partir de arames, como endireitamento, corte, dobra e rosqueamento para grampos”, enfatizou J. Graef (1), CEO da SouthWind. “Aqui buscamos clientes que usam de conformação a frio, mas que não são fixadores, ou usina e deseja adotar a conformação e obter menor custo e maior produtividade”, concluiu Graef. “Gosto muito do Brasil e acredito neste mercado. É muito interessante, tem uma grande população, muitos negócios industriais, em infraestrutura, construção residencial, mercados onde cabem nossas sofisticadas máquinas, pois nossa filosofia está em máquinas de alta eficiência e qualidade”, Concluiu o israelense Yair Wiesenfeld (2) – VP da Videx.
Enomoto
Única fabricante no Japão de prensas Servo Motor Driven, com range de forjamento entre 100 e 2 mil toneladas, a Enomoto Machine Co. Ltd. considera a Feimafe sua maior vitrine no Brasil. “No evento visamos aumentar a visibilidade dos nossos produtos, consagrados em países avançados como Alemanha, China, EUA, França, Índia, México, República Tcheca, Taiwan, Suíça e outros. No destaque, a máquina Screw Press é uma prensa de fuso para forjamento a quente. Indicada para forjamento aço, alumínio, cobre, latão, titânio e magnésio, onde são produzidos peças para autos, motos e aviões. Sua economia pode alcançar 50% em energia elétrica, tem baixa manutenção e forja com alta precisão”, contou Yoshio Enomoto (1), CEO da Cia, ao lado do agente de vendas no Brasil, Márcio Takahashi (2).
Flowdrill
Com 35 anos de mercado, há 3 anos representada no Brasil pela Mundial Ferramentas, a holandesa Flowdrill é pioneira em furação térmica. Executa trabalhos com ferramentas que podem substituir parafusos, porcas e rebites, rosqueando no material a ser fixado, como chapas a partir de 0,5mm. “É uma tecnologia de processo simples, limpo, rápido e econômico. Flowdrill é destinado a setores como o automotivo, moveleiro, construção e outros. Por exemplo, uma fábrica de escapamentos que utiliza inox, material bastante abrasivo, terá operações seguras pela ausência de solda no tubo”, comentou Cláudia Silva (3), diretora da representante local, ao lado dos executivos da Cia holandese, Daphne Sap (1) e Jens Steffen (2).
Amatools
“Participamos desta feira nas últimas seis edições, nesta investimos cerca de R$ 100 mil. Este ano trouxemos como novidade uma nova unidade empresa do grupo Amatools, que é a Proteplus, empresa responsável pelo fornecimento de equipamentos de proteção para o mercado nacional. Para nós é um mercado muito promissor já que itens de segurança são cada vez mais exigidos. Estamos começando com luvas, botinas, sapatos, capacetes, cones e um produto de destaque: a máscara de solda auto escurecimento”, explicou Oswaldo Paparoto, diretor. Outra novidades está na expansão da Amatools, ancorada pela construção da nova sede, em Piracicaba, SP, cidade natal da empresa. Trata-se de uma área de 8 mil m², onde a buscam triplicar a capacidade de estocagem atual, de 3.8 mil para 12 mil itens.
Macco
“Neste ano a feira marca o cinquentenário da Macco Máquinas e Acessórios Ltda., empresa fundada pelo meu pai, Roberto A. Cosentino. Nossa empresa é 100% brasileira, executa serviços em montagem, automação industrial, manufatura e ferramentas mecânicas, pneumáticas e eletrônicas de aperto”, declarou Carlos Cosentino (1), CEO. “Esta é uma feira muito importante, pois, estamos nos reposicionando no mercado com atendimento diferenciado na necessidade do cliente. Destacamos aqui os controladores da AcraDyne, que possui um design e tecnologia totalmente diferenciada, estamos com uma linha da Crane, líder em coleta de dados e transdutores de torque, uma máquina transdutorizada da Uryu, já utilizada em montadoras japonesas”, declarou Marlúcio de Sá Marques, executivo da Cia (2). |