Persona
Crise pode ser enfrentada como “desafio” ou “dificuldade”, dependendo dos olhos que veem
Para superar momentos de crise e sair dela com algum ganho é necessário sabedoria e esforço, seja ele pessoal ou da equipe. Não temos controle de tudo que acontece no mercado, na economia, nas ações governamentais, mas temos noção de como vamos nos comportar frente a estes desafios. Estamos próximos ao lançamento do EBRATS 2015 - Encontro Brasileiro de Tratamento de Superfície, o maior evento do setor na América Latina, oportunidade de muitas empresas mostrarem aos seus clientes, e potenciais clientes, que eles têm estratégias atraentes e bem definidas.
Os nossos colegas de BRICs, os chineses, que são famosos pela sabedoria milenar, compõe a palavra “crise” por “wei-ji”, que é a composição de “perigo e oportunidade”, que podemos traduzir em “desafio”, para os que buscam ser ganhadores e “dificuldade” para os que simplesmente tendem a aceitar as diversidades - muitas vezes só reclamando do que não podem e não se encorajam a mudar.
Sei que participar do Ebrats é um bom investimento, pois um evento desta magnitude, que só ocorre a cada três anos, marca na cabeça dos seus visitantes, boa parte deles formadores de opinião, que levarão as sementes de ideias bem trabalhadas. Uma frase que costumo usar evidencia que só reclamar não leva a vitória: “Razão se dá a quem não tem, pois quem tem não precisa dela”. Se esperarmos que o mercado esteja melhor para que façamos os investimentos em nossas empresas, quando a oportunidade vier pode não haver tempo da semente do investimento fertilizar e colhermos os frutos. Por sua vez, os visionários que encaram isso como desafio, já estarão com seus frutos nas cestas dos clientes, pois a velocidade dos avanços tecnológicos tornam rapidamente as coisas obsoletas. Considerando que estamos na era da informação, e que as distâncias entre os mercados mundiais praticamente inexistem, quem permite que o concorrente o alcance poderá ir para o fim da fila, restando apenas esperar uma nova oportunidade.
Há tempos atrás ter um diploma de sustentabilidade era um “algo mais” para as empresas que tinham uma preocupação diferenciada com o “Meio Ambiente”. Hoje é no mínimo obrigação para manter-se no mercado, pois a pa- lavra “sustentabilidade” transgrediu essas fronteiras básicas, significando também inovar tecnologicamente com olhos no menor impacto ambiental possível e com qualidade de vida aos seus colaboradores. Isso tudo sem se descuidar um só momento dos seus concorrentes, e satisfazendo as necessidades de seus clientes. Para isto, a palavra “sustentabilidade” precisa se fazer presente e ser notada de forma marcante.
Uma empresa que buscar ser igual a qualquer outra já é ultrapassada, assim, buscar estar em evidencia é ser eficiente, encantando o cliente...
Antônio Carlos de Oliveira Sobrinho
Especialista em tratamento de superfície, atua há 36 anos no ramo Automobilístico, além de ser o atual presidente da Associação Brasileira de Tratamento de Superfície (ABTS) antonio.sobrinho@abts.org.br www.abts.org.br |