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Entrevista
14/03/2013 10h58

 Entrevista

 
Mário Tanigawa apresenta o Parque Tecnológico de Sorocaba - PTS
 
 
Iniciativa do Poder Público de Sorocaba, parque surge para agregar universidades e empresas de qualquer parte do mundo para promover pesquisas e negócios em tecnologia e inovação
 
Mário Tanigawa é graduado como Engenheiro Eletricista e atuou em grandes empresas nacionais e multinacionais, tais como Cobrasma S.A., Hitachi Zosen Metalmecânica, Mitsubishi Corporation e Nipro Medical Corporation. Na Hitachi Zosen exerceu a função de Diretor Industrial e na Nipro Medical a de Diretor Presidente. De outubro de 2009 a dezembro de 2012, atuou como Secretário de Desenvolvimento Econômico de Sorocaba e agora está à frente da EMPTS – Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba, que administra todo o centro de tecnologia.
 
Revista do Parafuso - O que é o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS)?
 
Mário Tanigawa – O Parque Tecnológico de Sorocaba é um ambiente criado para atrair e acomodar empresas intensivas em tecnologia, instituições de ensino e pesquisa, assim como empresas de consultoria ou organizações, públicas e/ou privadas, que possam oferecer serviços de apoio técnico e de mercado. É um grande centro de desenvolvimento de negócios tecnológicos que terá como objetivo final a transformação dos conhecimentos em riquezas. Desta forma, o PTS facilitará, às partes interessadas, o acesso ao conhecimento bem como ao mercado pela aproximação com possíveis desenvolvimentos e inovação tecnológica assim como oportunidades comerciais, em nível nacional e internacional.
 
Como ele surgiu e quando?
 
O projeto do Parque Tecnológico de Sorocaba é uma iniciativa do Poder Público Municipal e possui um conceito inovador de reunir em um único local várias universidades do Brasil e do mundo e também as empresas e instituições de pesquisas. Em 2007, foi inaugurado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Prefeitura de Sorocoba o Podi – Polo de 
Desenvolvimento e Inovação - que foi o responsável por todo o projeto do PTS. Juntamente com a criação, em 2011, da Lei Municipal da Inovação e da EMPTS - Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba, administradora responsável, o parque pode ser inaugurado em junho de 2012.
 
Qual o objetivo da implantação?
 
O objetivo é desenvolver novas tecnologias, pesquisas, desenvolvimento e inovação por entre os setores governamentais, acadêmico e privado. No Brasil, esta integração entre as áreas não é suficiente. Por isso, pensamos em um ambiente que promova conexões entre empresas e pesquisadores para que eles possam criar e desenvolver trabalhos da melhor forma possível. Outra vertente trabalhada é fazer com que as pesquisas se tornem patentes, pois se tornando produtos geram riqueza. E o conhecimento para ser transformado em riqueza precisa de uma estrutura. É isso que o município está promovendo.
 
Como funciona o modelo de gestão do parque?
 
O parque possui um Conselho de Administração, que fazem parte autoridades como o prefeito, presidente do EMPTS, 4 secretarias e 3 representantes da sociedade civil, um Conselho Fiscal, e a Presidência que comanda as diretorias administrativa, jurídica e de operações técnicas. O nosso modelo de gestão é diferenciado de outros parques do Brasil e do mundo pois uma empresa pública (EMPTS) é responsável pela gestão executiva, porém foram criadas duas organizações sociais para gerenciar outras diretrizes. A Inova - agência de inovação que fará a conexão dos projetos das empresas e universidades; e a Intes, incubadora, que tem como missão receber pessoas e pesquisadores que querem iniciar uma atividade de pesquisa para tornar negócio. Ficará na gestão de start-ups e projetos que precisem de assistência para serem realizados.
 
Quais são as atividades?
 
Temos como missão prover e gerir um ambiente de excelência para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, estimular a cultura da inovação e a sinergia entre instituições de ensino e pesquisa, empresas, governos e entidades de fomento e investimento. O PTS tem compromisso com: Inovação; Sinergia; Sustentabilidade; Empreendedorismo; Socioambiental; Eficiência; Visibilidade; Reconhecimento; Criatividade. Ainda, estimulamos o desenvolvimento de atividades de incubação de empresas com o intuito de auxiliar os empreendedores a criar e implementar negócios, impactando de forma importante o desenvolvimento local/regional.
 
 
 
Qual a estrutura oferecida para as empresas e universidades?
 
Possui uma área de aproximadamente 330.000 m² para laboratórios de pesquisas de Ensino Superior e 660.000 m² para laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de Empresas e Instituições de Pesquisas. Cada uma poderá ter o seu laboratório tanto nos espaços/lotes oferecidos pelo PTS, que variam de 1.200 a 3.000 m², quanto poderão aproveitar o espaço já construído dentro do complexo para a sua instalação. Também oferecemos duas salas de conferência para 200 pessoas e auditório para 550 pessoas, onde iremos promover eventos e encontros para beneficiar os setores de tecnologia. A intenção no formato circular da nossa estrutura simboliza a união, a interação social e integração entre os setores. Criamos este ambiente com o intuito de conectar as pessoas, para que elas se conheçam, conversem e alinhem as necessidades de cada uma com o know how dos pesquisadores e empresas que estarão aqui. Ainda, abrigamos dentro do PTS o Parque da Biodiversidade, que é uma área de 633.895 m² preservada por nós com o intuito de promover a sustentabilidade, não só econômica mas também ambiental. Esta área será aberta ao público em breve.
 
Algumas empresas já estão instaladas no parque?
 
Sim. Do total de 1.945 m² disponíveis para Laboratórios no Núcleo, 70% já estão ocupados. As empresas que estão sendo instaladas no complexo são: Greenworks, FIT, Bardella, Metso, Cesar - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, BS Automação, IQA - Instituto de Qualidade Automotiva; e também as universidades Unesp – Campus Sorocaba, Ufscar – Campus Sorocaba, Fatec Sorocaba e a PUC-SP.
 
Quais áreas de atuação o parque promove as pesquisas?
 
São cinco atividades consideradas como base, calculadas de acordo com o número de indústrias e as atividades promovidas dentro do município. São elas:
 
Metal-Mecânica - Processos de deformação plástica, soldadura, fundição, usinagem, propriedade dos materiais e fenômenos de resistência.
 
Eletro-Eletrônica - Automação, Componentes e Equipamentos Industriais; Material de instalação Elétrica; Telecomunicações; Sistemas Eletroeletrônicos.
 
Energias alternativas - Diversificar a matriz energética buscando fontes limpas e renováveis como energia solar, eólica, biomassa e hidráulica.
 
Automotiva - Desenvolvimento e melhoria da eficiência, produtividade e qualidade da produção automotiva, incluindo autopeças e montadoras.
 
TIC - Tecnologias integradas de automação e comunicação de processos e negócios, indústria de softwares e hardware.
 
Existem projetos similares a este parque?
 
De acordo com a ANPROTEC, Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, possuímos no Brasil cerca de 74 projetos de parques tecnológicos e 22 em operação. A maioria deles nasceu vinculada à uma única universidade ou, quando muito, em função somente de algumas Universidades locais. Isso não aconteceu com o PTS.
 
Além de ser uma proposta única de parque, somos membros da IASP - International Association of Science Parks e registrados no SPTec - Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, onde existem apenas três parques registrados no estado: o de São José dos Campos, aqui em Sorocaba e outro em Ribeirão Preto. Ainda, somos o terceiro município do país a possui a lei de inovação (o primeiro em São Paulo), ficando atrás de Santa Maria/RS e de Vitória/ES.
 
Quais as expectativas e os planos para o futuro?
 
Dentro de cinco anos, queremos chegar num equilíbrio. Hoje dependemos financeiramente do município. Com a entrada das empresas e universidades, teremos futuramente receita própria para que diminua cada vez mais essa dependência. Em 10 anos, queremos preencher todo o espaço do parque.
 
Ainda, pretendemos promover cada vez mais encontros que promovam essa interação tecnológica. No segundo semestre de 2012, sediamos aqui a 1ª conferência internacional de inovação em parques tecnológicos, a CONINTEC, que contou com 9 palestrantes internacionais, 48 expositores e mais de 2.114 participantes inscritos. Pretendemos continuar esse tipo de ação em duas modalidades daqui pra frente: uma internacional e outra regional.
 
Que tipo de contribuição podemos esperar do PTS para o mercado de fixação e também para o setor industrial?
 
Sofremos muita competição em relação aos produtos importados. Há 40 anos, o brasileiro consumia não mais que 5 % de produtos e insumos de fora. Hoje, já ultrapassou a margem de 25 %. Temos que fazer algo para que as indústrias brasileiras não deixem de perder a competitividade com os importados.
 
O que acontece é que estamos importando e deixando de consumir o que é feito no país. Dando total suporte para as pequenas e médias empresas - para que melhorem a sua gestão, produtos, qualidade, produtividade – podemos torná-la competitiva para o mercado. Temos que desenvolver mais a indústria nacional para que cada vez mais ela produza produto de valor agregado, em vez de exportar as commodities. Assim começaremos a proteger nosso mercado. E o nosso papel é criar um ambiente para que as empresas tenham condições de desenvolver suas inovações.
 
Mário Tanigawa
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