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Andando na frente
Em matéria de torque, a montadora General Motors não deixa por menos e toma a iniciativa realizando um curso na fábrica de Gravataí, RS, com Roberto Garcia
Nos dias 16 a 19 de agosto, a General Motors do Brasil realizou o curso “Conceitos Gerais Sobre Torque, Processos de Aperto e Metodologia para Controle do Torque”, com o doutor em Físico-Química pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Roberto Garcia. O evento, destinado a engenheiros de produtos, engenheiros de processo, auditores, coordenadores, supervisores, líderes e operadores de equipamento de aperto, foi realizado no CIAG – Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, RS, onde está a planta industrial da General Motors gaúcha (além de diversas empresas sistemistas que compõem o condomínio, dentre elas a AV Manufacturing (AVM), subsidiária do grupo CEVA, encarregada da operação de submontagem de motores, e a unidade da Continental, antiga VDO, que realiza a montagem do painel do modelo Celta). Participaram do curso 22 colaboradores locais.
Roberto Garcia
Segundo o engenheiro residente da planta de Gravataí, Felipe Brandão, há algum tempo notou-se a deficiência técnica relacionada a torques, seja na aplicação em si, como nas estratégias usadas no aperto das juntas em questão. “O curso do Roberto Garcia foi muito produtivo por dois fatores: por ele já conhecer o nosso processo (ter trabalhado durante muito tempo na GM) e outra pela experiência na área, reconhecida por muitos”, declarou Brandão.
O objetivo é que, a partir de agora, o corpo técnico da fábrica consiga realizar análises mais profundas e específicas de cada uma das juntas. “Com o conhecimento passado, esperamos que, junto de todo o grupo, consigamos analisar os modos de falha ligados às rejeições nos apertos das juntas, especialmente nas juntas críticas, que nos tem dado tanto trabalho ao longo do tempo. Espero que agora possamos enxergar com olhos mais críticos as estratégias de aperto de nossas máquinas automáticas, e alterar os parâmetros das mesmas, de forma a contornar ou solucionar problemas de rejeições de apertos”, comentou Brandão.
A planta de Gravataí completou em 2010 dez anos de atividade, sendo que na semana seguinte ao curso ela alcançou a marca de 1,5 milhão de unidades produzidas do Celta. Curiosidade: considerando-se a média de 1,2 mil elementos de fixação em cada carro deste perfil, podemos estimar em cerca de 1,8 bilhão de fixadores circulando por ruas e estradas do País. Este mesmo curso faz parte da grade de eventos oferecida pelo SAE Brasil, com programação para os dias 13 a 15 de setembro, e outro de 8 a 10 de novembro. O local é na Avenida Paulista, 2.073 – Edifício Horsa II – Cj. 1003 – 10º andar, São Paulo, SP.
O palestrante ao centro dos 22 participantes do curso
As aulas são expositivas, com apresentação de conceitos teóricos e exemplos reais. Há atividades experimentais, utilizando apertadeira eletro-eletrônica e posterior discussão dos resultados, com analogia direta com o que ocorre nas diversas linhas de montagem. Nesta etapa ocorre a “participação especial” do instrutor Fábio Fernandes, engenheiro de aplicação de máquinas apertadeiras, da Bosch RexRoth.
Mais informações sobre os cursos, visite: www.saebrasil.org.br
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