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Eventos - Conformação Metálica
08/10/2023 05h15

 Eventos

Como foi o 2º Congresso de Conformação Metálica

Encontro de tecnologia teve 65 palestras, predominantemente divididas entre temas sobre conformação metálica a quente e a frio, tudo que envolve a fixação por meio de parafusos e similares, além de soldagem

Idealizado e sob o comando de Udo Fiorini, diretor do Grupo Aprenda, atuante na realização de seminários e cursos técnicos, o Congresso de Conformação Metálica (CCM) voltou a ocupar a atenção de profissionais do setor metalomecânico, nesse evento que estreou em 2022. O 2º CCM aconteceu entre os dias 20 e 21/06/2023, sediado nas instalações da faculdade Fundação Santo André, cidade homônima, localizada na Grande São Paulo, SP. Além das palestras de abertura no principal auditório, em destaque a seguiros trabalhos se dividiram entre:

Dr. Roberto Garcia, Rafael Carlucci e Dr. Mauro Moraes

Udo Fiorini (diretor do CCM) 

•10º Seminário Tecnologia do Forjamento: 24 apresentações sob a coordenação do Dr.-Ing. Mauro Moraes de Souza (FEI);

•5º Seminário Tecnologia da Estampagem: 12 apresentações sob a coordenação do Dr. Ing. João Henrique Corrêa de Souza (TechnNova). Esse módulo teve o apoio do Brazilian, Deep Drawing Research Group (B,DDRG), grupo brasileiro de pesquisa em conformação de chapas;

•2º Seminário Tecnologia de Soldagem: 13 apresentações coordenadas pelo MSc-Ing. José Castillo Lara (FSA);

•2º Encontro Especialistas de Elementos de Fixação (16 apresentações), sob a coordenação do Dr. Roberto Garcia (FSA), modalidade que tem a seguir toda nossa cobertura. 

Dr.-Ing. Mauro Moraes de Souza (FEI)

Professor e coordenador de Educação Continuada no Centro Universitário FEI desde 2016, entre 1997 e 2015 Moraes atuou na Neumayer Tekfor (hoje, AAM - American Axle & Manufacturing).

Sob o tema Alinhamento de expectativas para o congresso, reflexões sobre o setor produtivo e os caminhos para sustentabilidade na conformação metálica, coube a ele abrir os trabalhos, no qual a direção a ser seguida pelo segmento industrial brasileiro passa pelo estabelecimento de uma cultura de inovação e de sustentabilidade, tendo a educação como principal ferra - menta. Dentre seus slides, Mauro traçou um panorama do CCM 2023, composto de 65 palestras.

Dr.-Ing. Marco Colosio (SAE Brasil - Regional SP / GM / FSA)

Sob o tema Novas tecnologias presentes no setor automotivo, Colosio buscou demonstrar os fatores competitivos de produtos automotivos determinantes para as decisões de compras. Pela ordem: qualidade (76%), desempenho (62%), fiabilidade (62%), reconhecimento da marca (53%), preço (41%), sendo esses principais fatores. Nesse sentido, a simulação ganha, mais uma vez, destaque com um dos meios mais eficazes em se antecipar a problemas, por exemplo, como a definição do número de componentes, tempo para obtenção de informações para tomada de decisões e, principalmente, obtenção de maiores requisitos para alcançar o melhor em qualidade e desempenho.

Eng. Glevison Torres (Metaltork)

Cenário global de fasteners e os desafios dos fabricantes locais foi o tema trazido pelo gerente industrial da Metaltork. Mapeando o mercado global na produção de parafusos e similares em cerca de US$ 91,7 bilhões anuais, no qual a região Ásia- -Pacífico representou em 2022 43,6%, cabendo 24,2% e 6,4% às Américas do Norte e do Sul, respectivamente.

Muito embora Europa e África não constem, o interessantíssimo panorama do material apresentado projeta crescimento de 4,6% segundo o portal Grand View Research.

Como se trata de um cenário em faturamento, o setor automotivo lidera com 30,2%. Em seguida, a indústria de máquinas em geral representa 14,8%, aeroespacial 11,2%, com a construção ficando com 10,6%. Posteriormente, a apresentação seguiu na direção de automotiva leve a pesada/agrícola a rodoviária, segmentos vocacionados pela Metaltork. Além disso, ele fez uma abordagem sobre ações ESG da empresa.

Sílvia Ribeiro de Aquino (Metalúrgica Onix / Sindiforja)

Contexto das emissões de carbono, reindustrialização, reshoring foi o mais diferente dos temas do evento, demonstrando, inicialmente, questões sobre macroeconomia, abordando entre outras as armadilhas da alta taxação dos produtos industrializados “Made in Brasil”, algo em valores bem menores em setores como agricultura e serviços. Sílvia Ribeiro seguiu com os efeitos para a adoção do Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM), taxa a ser aplicada sobre produtos intensivos na emissão de CO2 (dióxido de carbono), uma medida a entrar em vigor na União Europeia (UE), incluindo matérias-primas e produtos feitos com aço, cimento, alumínio, e que impactará por aqui, em breve...

Dr.-Ing. João Henrique Corrêa de Souza (TechnNova)

Doutor pelo IFU (Institute for Metal Forming Techniques), da Universidade de Stuttgart, Alemanha, o palestrante fez uma breve introdução sobre o que é o B,DDRG, no qual é secretário nacional. Sob o tema Novos desenvolvimentos e tecnologias em conformação de chapas, ele ranqueou as principais razões para avançar em eficiência no setor: conhecimento sobre os fundamentos dos processos de estampagem (7,1%); disponibilidade de propriedade dos materiais (28,6%); confiabilidade dos softwares de simulação (14,3%), conhecimento dos processos de simulação (50%).

Dr. Eduardo Sakalauskas (Univove)

Sob o tema Inteligência Artificial: utilizando redes neurais artificiais na identificação e predição de desvios em juntas parafusadas, Sakalauskas abordou o uso da inteligência artificial, incluindo técnicas de aprendizado de máquinas e redes neurais artificiais, para prever e identificar desvios em juntas parafusadas. Assim, foi discutido como essas tecnologias podem analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e realizar predições precisas. O objetivo desse trabalho visa melhorar qualidade, eficiência e segurança desses processos industriais, oferecendo insights valiosos aos profissionais do setor.

2º ENCONTRO ESPECIALISTAS DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

Coordenação: Dr. Roberto Garcia (FSA)

Prof. Dr. Alisson Duarte (6Pro Virtual and Practical Process)

O tema Projetando o forjamento de elementos de fixação usando simulação no QForm Cold Forging mostrou como a simulação se tornou uma etapa fundamental e eficiente em projetos de ferramentas para forjamento, inclusive de fixadores. Exemplos inteligentes e automatizados de definição do processo foram demonstrados, incluindo a determinação de dimensões e interferências das ferramentas, seleção de materiais, previsão de desgastes e quebras, além da solução de defeitos entre os forjados.

No caso apresentado foi possível otimizar o projeto de uma ferramenta; em outro, um tipo de parafuso que apresentava defeitos contínuos na cabeça, desvio detectado por meio da metalografia. Rejeitado pelo cliente, o item passou por simulação, que definiu o caminho para a solução.

Eng. Márcio Boragini (Nitrx UPC Marathon)

Sob Qual atmosfera ideal p/tratamento térmico na indústria de parafusos, Boragini descreveu que com a crescente internalização dos processos de tratamento térmico na indústria de fixadores, e com a utilização de fornos de alta capacidade produtiva, o consumo de atmosferas em fornos passou a ter um importante papel no custo e na qualidade final. Boragini mostrou opções de controle para todas as atmosferas mais utilizadas, bem como as alternativas para redução de custos com a utilização de geradores endotérmicos e exotérmicos, em substituição ao tradicional uso de nitrogênio ou nitrogênio/metanol.

MSc-Ing. Eduardo Ferreira (AGCO – planta Canoas, RS)

Como introdução ao tema Do torque seco ao torque & ângulo - uma nova era de apertos na AGCO, o palestrante fez uma breve exposição sobre o uso de parafusos nos processos da AGCO Corp, fabricante de maquinário agrícola. Atualmente, ela lida com 1512 diferentes tipos de fixadores, originários de 116 diferentes fornecedores e, também, como se realizam testes e controles desses itens no laboratório da empresa. Os slides seguiram-se demonstrando recentes investimentos como em novas apertadeiras eletrônicas, além do abandono desde 2020 do uso do torque seco, seguido da adoção na fase 01 do torque e monitoramento do ângulo; na fase 02 com o torque e controle do ângulo; na fase 03 com torque e ângulo de deslocamento. Finalizando, ele apresentou uma listagem comparativa dos benefícios alcançados fase a fase.

 

Eng. Fábio Martins Fernandes (DS4 Innovation)

Em “Processos de parafusamento além do torque e ângulo” – por que processos de parafusamento deixam de lado variáveis importantes na busca de uma união perfeita? Fernandes partiu dos fatores que influenciam na força de união: atrito, método inseguro de montagem, fixação, temperatura e sistema de parafusamento incorreto. Um slide muito interessante demonstra que no extrair do máximo do parafuso, inclusive por meio de apertadeiras sofisticadas, leva-se a redução do tamanho do fixador para a mesma aplicação, gerando assim benefício financeiro e na sustentabilidade.

MSc. Rafael Carlucci Tavares e Eng. Leonardo Fiorini (Inspek Technical Services)

Tecnologias não destrutivas p/monitoramento de fixações é um conteúdo que envolve a instrumentação como meio de aquisição de dados, por meio de transdutores aplicados em parafusos, no qual variações físicas como alongamento ou perda de carga são captadas e monitoradas e, obviamente, para adoção de medidas quando necessárias. Segundo os palestrantes, a obtenção dos dados pode ser feita de forma remota ou por cabos, algo já utilizado na fixação de flanges implantadas em sistemas de vazão. Os autores buscam estender essa aplicação para torres eóli - cas e outras tecnologias com fixações críticas.

Eng. Charles Anderle (Metaltork)

Sob o tema Aspectos econômicos de conformação à quente em alta velocidade p/peças de geometria complexa, o autor descreve que a conformação metálica consiste em processos de conformação maciça, tal como forjamento, extrusão, laminação e a trefilação, além da conformação em chapas, como repuxo, dobramento e estiramento. "Ao agruparmos esses processos temos um segmento altamente significativo da cadeia de produção, participando amplamente dos mais diversos setores industriais", relatou ele, apresentando formas de categorizar os processos e o quanto a evolução das demandas diminuiu o espaço da produção por meio do forjamento a quente de parafusos, ampliado assim o espaço de fixadores forjados a frio.

Engenheiros Antônio Carlos Sobrinho, Carlos A. Bucci e Rogério P. Silva (Actros - Assessoria e Treinamento)

Recalls: investimento em capacitação técnica no mercado automobilístico pode trazer melhor reputação da marca, menores impactos financeiros e no valor das ações, foi o trabalho apresentado pelo trio que acumula décadas de atuação no ambiente industrial automotivo, e que se apresentam muito mais como um grupo “antirecalls”. A palestra se dividiu entre o que é e como esse tipo de convocação é onerosa, sobretudo no ramo automobilístico. Só para se ter uma ideia, apenas um anúncio de 30 segundos no Jornal Nacional, na TV Globo, pode custar mais R$ 800 mil. Em seguida, apresentou cases do mercado e ações adotadas, corretivas e, principalmente, preventivas.

Eng. Lidio de Andrade Jr. (Systek Tecnologia)

No tema Recalls no mercado automobilístico e relação de fixadores roscados com a causa raiz desses recalls a fabricação do parafuso, o controle de qualidade, o parafuso como fonte para gerar energia de junção entre as partes, bem como sua aplicação como peça automotiva –onde o descuido com conhecimentos básicos sobre aparafusamento pode levá-lo a falhar, podendo assim gerar ruídos e falhas nas partes do veículo. O autor mostrou alguns casos de recalls e seus consequenciais custos, diretos e indiretos, bem como alguns cuidados que devem ser tomados para evitar danos não só a pessoas e/ou ao produto, mas também à reputação do fabricante.

Oswaldo Ravanini (Transvalor Americas)

No tema A simulação da cadeia completa de fabricação de parafusos, desde a conformação até o tratamento térmico, o palestrante demonstrou o portfólio de softwares de simulação da Transvalor, principalmente o COLDFORM e SIMHEAT, enfatizando na exibição processamentos que envolvem diversas etapas da fabricação de parafusos e similares de fixação. São simulações de conformação a frio, a quente, laminação de roscas, tratamento térmico e, também, o comportamento de fixadores aplicados em chapas metálicas. Segundo Ravanini, o leque de tecnologia da Transvalor pode levar fabricantes de parafusos aos mais avançados patamares de tecnologia, beneficiando-os na redução de perdas e nos ganhos de produtividade.

Eng. José Carlos D’Amaro (Alpha Galvano Química)

Zinco e suas ligas, passivadores e selantes, quanta evolução foi, praticamente, uma cronologia sobre a evolução nos processos de revestimentos de zinco, a partir da década de 1960, iniciando pela redução do uso de cianeto nos processos de zincagem que operavam com 90 g/l reduzindo gradativamente até chegar em 10 g/l na década de 1970, sendo substituído posteriormente por zinco isento de cianeto e zinco ácido, que evoluíram até o estágio atual. Posteriormente a eliminação do cromo hexavalente CrVI, substituindo por cromo trivalente CrIII, que aprimorados conseguiram resistência a corrosão superior aos processos antigos, evoluindo em seguida com os inúmeros selantes, retratando, ao final, um panorama melhor no tratamento de superfície.  

MSc Wanilto dos Santos (Metaltork / UTFPR)

No tema Conflito entre laminação pós têmpera ver - sus temperatura de cura de revestimentos em fixadores roscados, o palestrante lembra que o aumento na resistência à fadiga é alcançado na rolagem de roscas pós-tratamento térmico, o que introduz tensões residuais compressivas, no qual elas se tornam barreiras de nucleação e propagação de trincas por fadiga. Mas tais tensões podem ser eliminadas, no qual Wanilto estudou se a temperatura do revestimento Zinc Flake, na casa de 320ºC, é suficiente para aliviar as tensões que reduz a resistência em fixadores.

Robinson Bittencourt Lara (Dörken Coatings)

No tema Revestimentos anticorrosivos & coeficientes de atrito atendendo aos requisitos o palestrante fez uma breve introdução das linhas de revestimentos Dörken, uma exibição de testes comparativos e seus respectivos resultados, além de segmentos onde suas aplicações estão mais presentes, como no setor industrial de autos, entre abraçadeiras, molas e outros itens metálicos, incluindo parafusos e similares, além de torres eólicas e outros. Mas o fornecimento de revestimentos também é um processo de compartilhamento permanente de tecnologia, sobretudo porque para metais tratados terem elevados níveis de proteção é necessário saber onde ele será usado. Num exemplo foi citado casos de torres eólicas, definidas como onshore (em terra) mas instaladas frente ao mar, sujeitas a elevados níveis de agressão salina.

Engenheiros Vinicius A. Voiciekouski e Stephany Kamarowski (Ciser)

A influência da temperatura de cura, de pós-tratamentos superficiais, nas características de desempenho e de propriedades mecânicas de parafusos com tratamento termoquímico de cementação foi o tema apresentado pelos palestrantes da Ciser, sendo os mais jovens do 2º CCM. Segundo eles, a utilização de temperaturas mais altas do que o revenimento na cura de revestimentos organometálicos poderá ter um impacto significativo nas propriedades mecânicas de fixadores. Com base em pesquisa, e ensaios laboratoriais, constatou-se a importância da escolha adequada da tecnologia de revestimento para que a cura não comprometa as características de resistência e tenacidade, conferidas aos fixadores no processo de tratamento térmico.

Eng. Júlio Bugelli (Atlas Copco)

Controle de qualidade e processos de montagem por fixadores roscados na indústria 4.0, um tema no qual o palestrante demonstrou avanços tecnológicos em sistemas de montagem por aparafusamento, com forte base em ecossistemas integrados e Inteligência Artificial, meio que assegura qualidade do produto e previne falhas.

"O mercado está repleto de opções de consumo, e um dos reflexos disso para as montadoras e seus fornecedores é um número maior de modelos e variações de seus produtos. Sabemos que os processos de montagem por si só já são complexos, mas essa complexidade aumenta ainda mais à medida que numa mesma linha de montagem são produzidos diversos modelos e variantes de produto. Hoje, dentro de uma "Casa de Ideias Industriais" posso afirmar com plena convicção que graças as novas tecnologias em softwares e sistemas integrados a indústria poderá atingir níveis mais sustentáveis e surpreendentes em produtividade, flexibilidade e qualidade", concluiu o autor. 

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